
Um fato social só pode ser explicado por outro fato social
OBJETIVIDADE
15/03/2012 11:19
Estabelecer arbitrariamente uma distância entre a pessoa do pesquisador e a realidade observada, constitui para as ciências sociais a preocupação primordial. Um etnológo, por exemplo, que vai estudar os povos primitivos de um outro continente, efetivamente este incorre no risco de estudar estes povos à luz de sua própria civilização. Neste caso, um princípio científico quase irrefutável e aceito por uma parcela significativa da comunidade científica consiste em relacionar. Gastão Bahelar dizia que só existe ciências quando comparamos. A operacionalidade deste princípio se dá quando elaboramos uma teoria, definimos noções e iferrimos correlações hipotéticas com relação ao que uma pesquisa anterior já confirmou, já validou ou invalidou ou mesmo aperfeiçoou. Poderiamos então sermos interpelados de um questionamento, e quanto as incidências, os fenômenos que já mais foi estudado por cientista algum, que coorelação fariamos. Quando se trata de um fenômeno, o fato da constatação de seu aparecimento, começa a fornecer elementos para a observação científica. O que se pode dizer do fenômeno é que nunca houve precedente e, portanto, o método aplicado a este não pode ser o mesmo da comparação. Como pela sua propria natureza, não existe comparação dofenômeno, porque ele é único, diriamos, obviamente que não comparamos o incomparavel, pois Durkheim já dizia que os fenomenos não são fatos sociais. Para o modelo ocidental, a metodologia hegemômica postula que somente os fatos sociais podem ser levados em conta para os ditames da ciência. Mas se os fatos sociais são construidos e mesmo para ser perpetuado, precisa ser levado em conta a conjutura local, a cultura do observador, nesse caso a ciência em sua base epistemológica, se encontra diante de um grande embaraço para encontrar a objetividade. De modo que, objetivamente, a pretenção de objetividade, rigorosamente não existe, o que existe é a tentetiva do cientísta, de conduzir sua observação de maneira a se livrar dos pré-conceitos e pré-noções e tornar mais próximo do real, que ele o chama de objetividade (Francisco Lima Soares).
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